Dividir ou não os seus dados com outros bancos, nos quais você sequer ainda é cliente? Começou hoje a segunda fase do Open Banking, que traz uma forma de relacionamento entre instituições financeiras e clientes, que, agora, podem consentir o compartilhamento de suas informações para receber, em troca, produtos e serviços mais personalizados. Mas será que é seguro compartilhar os dados?
Segundo o especialista em segurança digital e consultor técnico da CertiSign, Marcio D’avila, sim, é seguro. Ele explica que o Open Banking é uma iniciativa do Banco Central e para aderir ao sistema a instituição deve seguir uma série de regras, entre elas algumas específicas para a segurança e privacidade dos dados dos clientes.
"São diversos os protocolos e mecanismos de segurança que a instituição deve ter para poder fazer parte do Open Banking, como, por exemplo, o certificado SSL. Por meio da criptografia de dados, ele garante que os dados trocados entre as aplicações não sejam vistos ou capturados por terceiros", explica.
O especialista ainda ressalta que, além das aplicações - ou seja os sistemas que compartilham os dados -, os outros ambientes virtuais que as instituições participantes usam para este fim também seguem protocolos de segurança. "Elas devem adotar procedimentos que garantam a confidencialidade, a integridade, a disponibilidade e a recuperação dos dados e das informações processadas ou armazenadas; garantir a segurança e a privacidade das informações; ter provimento de informações e de recursos de gestão adequados ao monitoramento dos serviços a serem prestados; entre outros".
Vale salientar que todas as informações que trafegam dentro do sistema do Open Banking estarão protegidas pela Lei Complementar n° 105/2001, do Sigilo Bancário, a qual proíbe o compartilhamento de dados para instituições não participantes do sistema, bem como a venda de informações de consumidores para terceiros.
