Por Léo Andrade, referência em low-code e no-code no Brasil
A profissão de programador nunca esteve tão em alta. Em uma sociedade 5.0, ela é responsável por construir recursos no computador que são essenciais para atender à dinâmica do mercado e da comunicação em todos os cantos do mundo. Porém, é perfeitamente normal nos depararmos com certos erros quando começamos nossa jornada na programação. São erros comuns que cometemos em algum momento, no decorrer do nosso aprendizado. Reconhecer esses erros já é um grande passo para aprimorarmos nossos estudos e nosso desenvolvimento profissional.
Veja alguns exemplos de deslizes comuns e como driblar os desafios:
Querer programar sem dominar lógica de programação
Isso é algo que quase passa despercebido, pois muitas vezes não lembramos quão importante é sabermos lógica, antes mesmo de começarmos a programar. E lógica não requer, exatamente, conhecimento de alguma linguagem de programação. Podemos usar pseudocódigos para resolver determinados problemas e com isso aprimoramos nossa habilidade para solucionar e cumprir os desafios que a programação nos oferece. Lógica estimula nossa atenção, concentração e memória, além de ajudar a refletir e tomar decisões.
Comparar-se com programadores mais experientes
Essa atitude pode trazer desconforto e desmotivação, pois há de se ter bom senso e entender que cada um de nós está em um nível de conhecimento diferente dos outros. Não há motivo algum em se comparar com programadores mais experientes. Seu foco deve ser exatamente aquilo em que você está envolvido no momento. Dessa forma, você evita ansiedade e estresse. Nenhuma felicidade pode vir da comparação constante com os outros; além disso, com foco em sua própria carreira, é possível vislumbrar melhor as metas e se tornar o profissional que almeja ser.
Ter vergonha ou receio de pedir ajuda
Considere ter ao seu lado pessoas que o motivam a ser melhor todos os dias. E, principalmente, considere ter ao seu lado pessoas que lhe estendem a mão quando você precisa. Pedir ajuda às pessoas é algo mais comum do que você imagina, então pratique isso, porque não há mal algum em mostrar suas fragilidades, sua falta de conhecimento em algum assunto, e solicitar apoio nesses casos. Isso mostra sua grandeza. No mercado tão competitivo em que atuamos, é normal achar que, ao pedir ajuda, estamos condenados a retribuir esse favor. É um pensamento muito equivocado. Guarde isto com você: em vez de algo negativo, seu pedido de ajuda pode ser uma oportunidade para os outros contribuírem com você.
Definição de nomes e funções
Erro dos mais comuns quando se aprende a programar: a criação de nomes para variáveis ou funções que não façam sentido algum no contexto em que se encontram. A definição de nomes deve seguir algumas premissas: um padrão que permita o reconhecimento de suas finalidades e sua importância dentro do código; e principalmente, os códigos precisam ser entendidos de forma simples e direta por outros programadores.
As boas práticas evitam retrabalho, consultas excessivas a outros blocos de códigos e uma verdadeira perda de tempo e de produtividade. Use o bom senso e seja claro na definição de nomes dentro do código.
Comentários excessivos no código
Ao mesmo tempo que a falta de clareza no código pode impedir a produtividade do time de programação, o excesso de informações pode travar a leitura do código de programação. Comentários são necessários para responder às dúvidas sobre determinado trecho do programa. Mas, se eles são colocados em excesso, acabam atrapalhando a compreensão do código. É importante manter um equilíbrio nessa tentativa de esclarecer pontos dentro do programa. Poucos comentários podem dificultar a compreensão do código, entretanto comentários excessivos podem dificultar mais ainda a vida do programador.
Achar que é preciso saber tudo sobre uma tecnologia
Eu preciso saber tudo? Não. A pessoa que sabe tudo ainda não foi inventada. Mas você pode se preparar bastante para saber “pra quê” algumas coisas servem e “como elas funcionam”. Isso já é bem razoável. Permita-se, inclusive, saber “brincar” um pouco com esta ou aquela tecnologia. Saber para qual finalidade uma ferramenta existe pode parecer simples, mas não é. Comum é observarmos pessoas desviando completamente a função de um software, utilizando-o para um fim diferente do qual foi projetado. Esse tipo de conhecimento permite interações e melhora o uso, assim como vai ajudá-lo a decidir corretamente entre um ou outro software. Assim, evita-se escrever código desnecessário, por exemplo.