Profissão criador de plugins Bubble: vale a pena entrar nessa tendência?

Profissão criador de plugins Bubble: vale a pena entrar nessa tendência?

Por Léo Andrade, referência em low-code e no-code no Brasil

Em uma sociedade cada vez mais digitalizada e protagonista de suas atividades online, é natural que o mercado de tecnologia esteja à frente na disponibilização de plataformas mais e mais democráticas. Já se fala sobre ferramentas no e low-code há algum tempo, mas esses sistemas se tornaram quase indispensáveis para desenvolver projetos com agilidade e responder às demandas e aos imprevistos do mercado.

Uma das mais incríveis plataformas de desenvolvimento no-code, a Bubble, é uma das mais poderosas disponíveis no mercado atualmente. Sua flexibilidade permite a criação desde soluções simples até mesmo soluções mais completas e complexas, como marketplaces e aplicativos inteiros que são utilizados para criar produtos digitais. A Bubble permite que você crie e hospede aplicativos web através de uma interface intuitiva e fácil de dominar. A ideia é agilizar o desenvolvimento e disponibilizar uma solução completa para profissionais e estudantes da área.

Por outro lado, a Bubble é uma oportunidade para desenvolvedores criarem plugins, estendendo funcionalidades, adicionando novas conexões via APIs, elementos e ações. Plugins podem ser criados por qualquer pessoa, desde que tenha conhecimentos sobre HTML, CSS, JavaScript e uma boa compreensão sobre os mecanismos de API REST.

Já existe uma infinidade de plugins criados para essa plataforma, dos mais diversos tipos, com opções gratuitas. Já outras mais avançadas chegam a centenas de dólares. Há plugins para melhorar os recursos visuais das aplicações, integração via API, manipulação de dados, imagens, documentos, autenticações, mídia, pagamentos, ferramentas para pequenos negócios. São várias as categorias para organizar essa enorme quantidade de plugins disponíveis na Bubble, para uso em suas aplicações no-code.

A maioria dos plugins têm páginas de demonstração, para que possam ser “experimentados” antes de serem adquiridos no marketplace. Quando o plugin é escolhido, na maioria dos casos, basta ao desenvolvedor inseri-lo na página da aplicação e configurá-lo. O uso é imediato.

Mas, afinal, vale a pena ser um criador de plugins na plataforma Bubble? A julgar pela quantidade enorme de plugins disponíveis – já são mais de 3 mil plugins publicados – e a diversidade de empresas e criadores já em plena atividade no mercado, a resposta é sim: vale a pena conhecer os requisitos básicos para aprender a desenvolver plugins e garantir, ao menos, uma renda extra com a Bubble.

Ao publicar um plugin na plataforma, você pode disponibilizá-lo gratuitamente, criar uma assinatura mensal ou oferecê-lo por um preço único. Muitos têm valores pequenos, em dólares, mas considerando a quantidade de plugins instalados em muitos desses casos, dá para fazer uma conta básica e entender quão interessante pode ser essa renda passiva nesse mercado.

Para se ter uma ideia, um dos plugins mais usados no marketplace da Bubble – o Bubble Page to PDF – conta com mais de 5 mil instalações, por um custo de US$ 7 ao mês, o que dá um total de US$ 39 mil mensalmente na conta do seu criador. Se fizermos as contas, levando em consideração um valor médio do dólar a R$ 5, chegamos a uma renda bruta nas assinaturas desse plugin de quase R$ 200 mil mensais. A plataforma fica com uma parte desses rendimentos, mas ainda assim o cenário para o criador é tentador.

A maior parte dos desenvolvedores usa a plataforma Bubble porque não é conhecedora de códigos de programação tradicionais. São pessoas que buscaram na ferramenta uma forma mais rápida de tirar suas ideias do papel e criar aplicações de maneira mais eficiente e rápida. Quando um desenvolvedor cria um plugin que facilita mais ainda o trabalho desses desenvolvedores no-code, ele fomenta o uso da plataforma, contribui para o desenvolvimento de novas aplicações e, sem dúvida, pode ter em suas mãos uma nova carreira com resultados bem expressivos, financeiramente falando. Ainda há muito o que explorar, mas, com tantas respostas favoráveis, não há como fugir de uma tendência: a profissão vai crescer e quem escolhê-la pode se dar muito bem.

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