Das joias às ventures: conheça mulheres empreendedoras que despontam no mercado

Das joias às ventures: conheça mulheres empreendedoras que despontam no mercado

Quase metade dos pequenos negócios no país são hoje liderados por mulheres, segundo dados do Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME). O contingente ultrapassa 30 milhões, em um universo de 52 milhões de empreendedores, conforme os dados do Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), principal pesquisa sobre empreendedorismo do mundo feita em parceria com o Sebrae.

Então, veja como mulheres em posição de liderança levam empresas a atingirem crescimentos notáveis e quebram barreiras dentro e fora de suas companhias. Afinal, avistar mulheres no topo serve como exemplo para muitas outras se levantarem.

Joias

Yara Machado é CEO da Céu de Prata, empresa paulistana com foco em vendas de joias. A empresária teve o primeiro contato na área aos 8 anos, quando acompanhava a mãe no chão de fábrica. A matriarca veio órfã do interior da Paraíba para trabalhar em uma indústria do setor em 1990. Depois de alguns anos, viu a oportunidade de empreender e trouxe as irmãs para o ramo, saindo da empresa onde trabalhava e criando a própria loja de atacados.

Alimentação

Cristina Sindicic é CMO (marketing e comercial) e Beatriz Samara é CPO da Olga Ri, startup de alimentos que opera a partir de cloud kitchens. Cristina, arquiteta formada pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), não pensava em empreender, estava satisfeita com sua escolha profissional. Mas, aos 26 anos, impulsionada por seu irmão Bruno, aceitou o desafio de iniciar do zero o projeto. Já Beatriz, também arquiteta, sempre teve a veia empreendedora. Aos 18 anos, fazia brigadeiros e vendia para amigos e familiares; chegou a receber encomenda com mais de mil unidades para um casamento. Desse encontro, nasceu a Olga Ri.

A chef Dani Bandeira, por sua vez, é fundadora da Tuk Tuk, empresa focada em culinária saudável e ayurvédica. A empresária se formou em nutrição em 1993 e, em 2013, quando pouco se falava em vegetarianismo, veganismo e na importância da alimentação saudável, fundou a Tuk Tuk, atuando no litoral paulista.

Ventures

Alaíde Barbosa é CEO da Capri Venture, primeira corporate venture builder pet tech do Brasil. A companhia tem como idealizadores a Anilhas Capri, líder na identificação de animais silvestres, que firmou parceria com a FCJ Venture Builder, multinacional pioneira e líder no segmento de venture builder na América Latina. A empresária foi diretora da Odebrecht Ambiental e diretora-executiva da BRK Ambiental. É ainda co-founder da Saber em Rede e do Grupo Jardins de Ensino.

Ana Paula Debiazi, CEO da Leonora Ventures, é graduada em economia pela UFMS, com pós-graduação em administração de empresas pela FGV. É ainda especialista em controladoria e finanças pela mesma instituição e tem MBA em gestão de negócios pela USP. Ana acumula mais de 15 anos de experiência em cargos de gestão, passando por grandes empresas de diversos setores. Nos últimos anos, já em Florianópolis (SC), atuou como COO de duas startups, obtendo resultados expressivos de crescimento e expansão.

Patrícia Zanlorenci é CEO da Vellore Ventures, venture builder criada a partir do Grupo Vellore. Trata-se de uma empresa paranaense que administra as marcas Foxlux e Famastil, grandes players em importação e comercialização de produtos de iluminação, materiais elétricos e ferramentas de construção, jardinagem e linha agrícola. Em parceria com a FCJ Venture Builder, tem como missão fomentar e alavancar startups de matcon.

Carol Gilberti é CEO e idealizadora da Mubius WomenTech Ventures, uma venture builder com foco em soluções para o universo feminino. Tem como objetivo aumentar o número de mulheres na liderança, impulsionando e alavancando negócios com soluções voltadas ao valor feminino que sejam liderados em sua maioria por mulheres. Além disso, convida homens em negócios relacionados a essas premissas a fazerem parte de seus ideais.

Priscila Spadinger é CEO da Aleve LegalTech Venture por meio do modelo de corporate venture builder. A Aleve é capaz de aproximar organizações jurídicas do ecossistema de inovação por intermédio de startups. Afinal, por serem mais abertas ao risco, lançarem mão de agilidade e utilizarem novas tecnologias, essas companhias conseguem alcançar o horizonte disruptivo com mais facilidade.

Varejo

Flávia Pini é sócia da HiPartners Capital & Work, venture capital focada em startups inovadoras no varejo com alto potencial de crescimento. Ao lado do marido, Walter Sabini Junior, ela busca empresas de tecnologia com soluções voltadas para o setor. Flávia gerencia um fundo de R$ 100 milhões, que atua no segmento de retail techs no Brasil. Atualmente, a HiPartners integra seis startups em seu portfólio, mas a meta é ter até 25 nos próximos três anos – crescimento que passa justamente pelas mãos dela. A executiva é a brand awareness da empresa, ou seja, a responsável por produzir conteúdos relevantes para o mercado com o objetivo de atrair empreendedores e investidores. Ela também atua com fundraising e na relação com investidores para captar novos recursos para o fundo.

Sexualidade

Isabela Cerqueira é idealizadora e CEO da Good Vibres, empresa que despontou na internet como precursora da popularização do bem-estar sexual. Aos 26 anos, a engenheira deixou um cargo em uma multinacional e fundou a empresa em um quarto nos fundos de casa. Com o intuito de quebrar os tabus sobre a sexualidade, Isabela foca em debater o assunto e em vender acessórios que ampliam a capacidade de prazer nos momentos íntimos, como vibradores, sugadores, lubrificantes e outros.

Finanças / Tecnologia

Marilyn Hahn é COO e cofundadora do Bankly, uma solução de Banking as a Service com a missão de descentralizar a oferta de serviços financeiros. Economista formada pela UFSC, Marilyn sempre acreditou que a educação, o empreendedorismo, a tecnologia e a inovação podem mudar o mundo. Por isso, não teve dúvidas quando foi convidada para participar da criação do Bankly.

Agência de Pesquisa

Helena Dias é sócia e chefe de projetos de pesquisa da Apoema. Formada em comunicação social (ESPM - RS), atua em pesquisa de comportamento há mais de dez anos e realiza estudos para clientes como IKEA, Nike, Nivea, Itaú, Google, entre outros. Depois de viver três anos em Lisboa, Portugal e trabalhar com o mercado europeu, voltou ao Brasil para se juntar à empresa. Organizada, observadora, exploradora e pragmática. Estuda e gosta de temas como feminismo, tecnologia, relação com espaços urbanos, movimentos sociais e culturais. A abertura para se colocar em constante experimentação e aprendizado é uma força que potencializa suas conexões com as pessoas.

Julia Ades é fundadora e head de pesquisa e conteúdo da Apoema. Formada em comunicação social pela ESPM-SP, atua também em pesquisa de comportamento há mais de dez anos e realiza estudo para clientes como Nike, Google, Natura, Rappi, Itaú, entre outros. Aberta, criativa e muito comunicativa, sempre gostou de estudar psicologia, antropologia, sociologia e filosofia. Sua sensibilidade e intuição sempre foram forças que potencializaram a conexão com a subjetividade das pessoas.

Share This Post

Post Comment