O que podemos esperar da tecnologia em 2017

O que podemos esperar da tecnologia em 2017

Vamos refletir sobre as tendências que definiram 2016 e analisar o que nos espera em 2017. A Internet das Coisas (IoT, em inglês), a inteligência artificial (IA) e o aprendizado de máquina, além da realidade virtual e aumentada, dominaram as conversas sobre TI e foram o centro dos avanços tecnológicos em 2016.
Nos últimos 12 meses, o uso de dispositivos conectados foi além das TVs inteligentes e incluiu equipamentos, como refrigeradores, e empresas. A popularidade dos assistentes digitais, como a Siri e Alexa, também cresceu, na medida em que o seu alcance chegou a uma série de dispositivos relacionados. Chegamos até a assistir ao primeiro uso da realidade aumentada, com o game Pokémon Go. Mas isso foi apenas o começo e todas essas tecnologias vão continuar no centro das conversas e ganhar ainda mais destaque em 2017.
A segurança também esteve no centro das atenções, já que DDoS (do inglês Distributed Denial-of-Service ou ataque distribuído de negação de serviço), ransomware (um tipo de malware que bloqueia ou limita o acesso dos usuários a seus sistemas) e vulnerabilidades da IoT tornaram-se uma verdadeira epidemia na rede. Ataques em larga escala só enfatizaram a necessidade de construir a proteção, detecção de ameaças e reforço da rede para interrompê-los antes que se tornem ainda mais graves. Já que todos os usuários, de grandes empresas a consumidores médios, se tornaram alvos de invasões, pensar em segurança, finalmente, recebeu a devida atenção.
Enquanto 2016 foi um ano de muitos avanços e mudanças, sem dúvida 2017 trará ainda mais rupturas nos segmentos de redes e de tecnologia:

  • A indústria de segurança colaborativa vai crescer. O setor caminha lentamente em direção ao compartilhamento de informações para melhorar a detecção e mitigação de riscos. Mas ainda não conseguimos a interoperabilidade necessária para resolver a próxima geração de ameaças. Isso levou ao aumento da criação de startups e da procura de financiamentos por estas empresas: os investimentos de venture capital em startups de cibersegurança passaram de menos de US$ 1 bilhão em 2010 para US$ 2,5 bilhões em 2014.  Segundo pesquisa recente do Instituto SANS, especializado em treinamento nas áreas de segurança da informação e cibersegurança, 71% dos entrevistados afirmaram que o acesso à inteligência compartilhada contra ameaças lhes deu melhor visibilidade dos riscos, enquanto 40% informaram estar contribuindo ativamente para o desenvolvimento de inteligência contra ameaças. Essa desconexão indica que todas as organizações dedicadas à segurança precisam trabalhar juntas e compartilhar inteligência aberta sobre ameaças, o que é crucial para que a indústria permaneça um passo à frente dos atacantes. Será que tecnologias como blockchain (base de dados distribuída e intrinsicamente segura) vão ajudar-nos a compartilhar e colaborar mais efetivamente na área de segurança?
  • A automação ajudará as empresas a superar a carência de pessoal especializado em segurança. Com frequência, as organizações investem pesado em hardware e software de segurança eficientes. Porém, faltam especialistas capazes de garantir a eficácia desses produtos, para que os ataques possam ser detectados por sistemas de segurança de ponta. As equipes de segurança existentes podem estar tão sobrecarregadas, face às centenas de alertas que recebem, que já não enxergam quais deles representam o risco mais iminente. Quando a automação se tornar mais integrada às soluções de segurança, os times da área vão passar a receber um número menor de notificações, mas com maior relevância, o que vai aliviá-los da tarefa manual de caçar os riscos mais maliciosos em meio a um mar de alertas. Com o uso de tecnologias inovadoras, como aprendizado de máquina e inteligência artificial, a capacidade de gerenciar mais eficientemente o enorme volume de informações proporciona algumas possibilidades interessantes.
  • Nossas cidades serão mais inteligentes. Uma das consequências mais positivas que se espera de um futuro marcado pela IoT é que as cidades sejam conectadas com inteligência, o que incluirá desde câmeras de tráfego até redes de energia inteligentes que vão operar como um único sistema digital integrado. Os setores público e privado vão precisar caminhar juntos para desenvolver as políticas e a infraestrutura necessárias e compartilhar dados para construir estradas inteligentes, veículos autônomos e comunidades mais seguras. Integrando as cidades digitais com tecnologias de realidade aumentada, por exemplo, é possível criar alguns casos de uso convincentes, assim como novas maneiras de visualizar cidades.

A rede permitirá um futuro cada vez mais conectado. Aguardo, com expectativa, que a indústria de tecnologia continue a desenvolver produtos que trabalhem na direção desse mundo conectado. Aqui estamos para um grande 2017!

 

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Paul Obsitnik é vice-presidente de marketing de provedores de serviços da Juniper Networks[/author_info] [/author]

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