Em nosso último artigo, destacamos como funciona a tecnologia blockchain e listamos alguns dos mais interessantes casos de uso possíveis. Nos próximos anos, um dos maiores beneficiados dessas transformações será o mercado de saúde. Responsável pela armazenagem e a troca de dados extremamente sensíveis sobre a vida de seus usuários, os sistemas público e privado de saúde quase sempre enfrentam desafios na armazenagem das informações de que precisam para operar corretamente.
Principalmente nos quesitos privacidade e interoperabilidade, uma solução capaz de integrar de forma coesa dados de saúde oriundos de diferentes sistemas representaria um grande avanço. Mais ainda se, nesse processo de comunicação entre os diferentes sistemas, fosse possível resguardar a identidade parcial ou total atrelada aos dados privados sem prejudicar a prestação de serviços que dependem deles.
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Embora o cenário ideal anteriormente pareça distante da realidade, a boa notícia é que, em grande parte devido a novas implementações da tecnologia blockchain, ele pode se aproximar em breve de cada vez mais pessoas. Isso porque a possibilidade de se guardar certas informações de saúde em forma estruturada na blockchain permitiria uma padronização de como esses dados são lançados em uma rede que é de acesso público.
Por exemplo, ao fazer uso de APIs para registro ou leitura desses dados, hospitais e instituições públicas poderiam seguir usando seus sistemas próprios de gerência de dados médicos, ao mesmo tempo em que informações que venham a interessar a variadas partes poderiam ser registradas de forma imutável em uma blockchain aberta, como a das redes Bitcoin ou Ethereum. O próprio lançamento desses dados na blockchain, como os resultados de um exame em particular, poderia seguir diferentes configurações quanto à forma como são gravados. Em alguns casos poderiam ser publicados abertamente, resguardando apenas a identidade do indivíduo correspondente aos resultados de um dado exame. Em outros todos os dados poderiam estar criptografados com acesso exclusivo das informações por parte do paciente ou de pessoas/instituições de confiança, além de variados cenários possíveis.
Segundo relatório da consultoria Deloitte, publicado no segundo semestre de 2016, a tecnologia pode ainda trazer outros diferenciais revolucionários à gestão digital de informações no campo da saúde:
Descentralização da Confiança & Redução dos Custos de Transação
Sem a figura de uma cadeia com múltiplos intermediários de custódia de dados, o que fica na blockchain pode ser acessado a partir de uma base comum de informações acessível de forma permanente por muito mais agentes.
Gerenciamento de Identidades Simples e Seguro
Mais fácil acesso a uma infraestrutura comum para o gerenciamento de identidades e autenticidade dos registros de cada paciente, fazendo uso do esquema de chaves públicas e privadas conforme implementado em blockchains como a do protocolo Bitcoin.
Acesso Permissionado de Dados
Conjugado às possibilidades de descentralização no acesso dos dados, o mecanismo de identificação do detentor original dos dados pode permitir configurações de acesso condicionado. Isso é, inicialmente dados guardados de forma secreta na rede poderiam ser revelados a certos indivíduos ou instituições, de acordo com a determinação do paciente a quem pertença as informações. Tudo feito de forma muito mais segura que nos meios tradicionais, controlado com a rigidez da criptografia avançada.
Pensando nisso, os laboratórios de pesquisa da A Star vêm monitorando com atenção as múltiplas formas e mercados em que a tecnologia blockchain pode revolucionar a gestão de informações. A partir disso, já oferecemos ao mercado as soluções de ECM vinculado à blockchain (Star Content) e de certificação via blockchain de diplomas educacionais (Meu Diploma Digital). Conheça esses produtos e nos acompanhe nas redes sociais e em nosso blog para saber antecipadamente sobre futuras novidades!
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Desenvolvedor de Negócios da A*Star[/author_info] [/author]
