3 formas da inteligência artificial ajudar a impulsionar os negócios

3 formas da inteligência artificial ajudar a impulsionar os negócios

Não é novidade que a inteligência artificial (IA) tem melhorado a eficiência e a produtividade do local de trabalho de muitas maneiras e sua adoção vem crescendo significativamente. O relatório da Accenture sugere que a IA poderia aumentar as taxas de lucratividade em até 38% e levar a um aumento econômico global da ordem de US$ 14 trilhões até 2035. Já a mais recente projeção do IDC global para inteligência artificial é de um crescimento anual (CAGR) de 46,2%, chegando a US$ 52 bilhões em 2021. Ainda de acordo com a consultoria, em 2022, 22% das corporações farão uso de tecnologias de fala para interação com clientes.

No Brasil, segundo o mesmo IDC, 15,3% das médias e grandes empresas têm inteligência artificial entre as principais iniciativas e esperam que isto dobre nos próximos quatro anos. Além disso, um laboratório dedicado a criar ferramentas de inteligência artificial para as áreas de agronegócio, saúde e serviços financeiros já está sendo criado no país, financiado pela IBM e a Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Enquanto mais e mais empresas de dezenas de indústrias caminham nessa direção, vale a pena dar uma olhada em alguns dos principais benefícios de capitalizar os dados proporcionados pela tecnologia.

Fidelização e retenção de clientes

Tecnologias inovadoras como a inteligência artificial têm um impacto direto na fidelidade e retenção de clientes. A tecnologia baseada em inteligência artificial – como chatbots e plataformas de reconhecimento de fala - é projetada para contribuir para o fornecimento de uma experiência diferenciada ao cliente, independente do setor. Especificamente, a “economia do autosserviço” está tomando forma devido ao fato de que 70% dos consumidores esperam uma opção de autosserviço para lidar com questões comerciais e reclamações.

Além do valor agregado ao atendimento do consumidor, a tecnologia também atua como um agregador de dados para o negócio, uma vez que é capaz de coletar diversas percepções específicas do cliente que são aproveitadas para desenvolver experiências mais personalizadas, garantindo clientes ainda mais satisfeitos.

Gestão de talentos

inteligência artificial gera valor comercial em muitas áreas, mas um setor frequentemente ignorado é o de recursos humanos. Os dados aproveitados por meio de tecnologia baseada em IA permitem às empresas prever quando um cliente pode migrar para um concorrente, ajudando a reduzir suas taxas de rotatividade. Além disso, a tecnologia baseada em IA pode rapidamente classificar milhares de currículos em uma fração do tempo levado por uma pessoa, restringindo um grupo gigantesco de candidatos a apenas algumas dezenas. Embora a inteligência artificial sozinha não possa determinar o melhor profissional para o trabalho, ela agiliza o processo de recrutamento, diminuindo o tempo do recrutador com tarefas tediosas e demoradas, permitindo assim, que se concentre em alocar os profissionais mais adequados às vagas e as empresas de forma benéfica para ambas as partes.

Vantagem competitiva

Uma pesquisa da Infosys com 1.600 executivos de negócios e TI descobriu que a inteligência artificial é uma prioridade de longo prazo para a inovação, com 76% dos entrevistados concordando que esta tecnologia é “fundamental para o sucesso da estratégia da organização”. Além disso, 64% afirmaram que o crescimento futuro de seus negócios depende da adoção da IA. Essas crenças podem ser ligadas diretamente ao aumento da vantagem competitiva, mas o segredo está em como as empresas usam a IA para obter as recompensas. A montadora Ford, por exemplo, criou um plano para investir US$ 4 bilhões até 2023 no desenvolvimento de veículos autônomos, investimento que inclui a aquisição da startup Argo AI. A Bosch também está colocando a inteligência artificial na vanguarda de seus negócios. A área de “thinking factory” da companhia, lançada em uma das fábricas automotivas alemãs da Bosch, permite que as máquinas alimentadas por IA façam o autodiagnostico de falhas técnicas, acionem automaticamente o pedido de peças de reposição e antecipem as necessidades de manutenção. A Bosch prevê mais de US$ 2 bilhões em receitas e economias adicionais com o uso generalizado de sistemas e máquinas inteligentes até 2020. A inteligência artificial impulsiona o gerenciamento de decisões e permite que as empresas tirem conclusões inteligentes com base na automação. A economia não se refere apenas à redução de custos, mas ao tempo e à economia de energia, que não são irrelevantes no panorama corporativo atual.

Mas ainda não estamos lá. De acordo com o relatório da Infosys, 90% das organizações dizem que continuam a enfrentar desafios ou preocupações por parte dos funcionários, como medo de mudança, aceitação cultural e falta de habilidades internas para gerenciar a inteligência artificial, impedindo assim a implementação desta tecnologia. Apenas 10% dos entrevistados, cuja empresa adotou tecnologias de IA, acreditam que sua organização está maximizando totalmente suas capacidades.

Olhando para o futuro, o que pode ser feito para aproveitar totalmente os dados através do poder da inteligência artificial? Adaptar a força de trabalho atual a essas mudanças inevitáveis é importante à medida que nos movemos para um modelo mais híbrido (humanos + IA). Os líderes empresariais têm a responsabilidade de explicar os riscos e oportunidades que a força de trabalho da próxima geração traz. Eles podem até mesmo introduzir tecnologias no local de trabalho capazes de detectar estresse emocional e esgotamento do funcionário por meio do processo de linguagem natural, permitindo que as empresas utilizem a IA também para agregar valor ao RH. Afinal de contas, é essa combinação perfeita de recursos que contribui para o sucesso do negócio: tecnologia de ponta e funcionários valiosos.

 

[author] [author_image timthumb='on']https://docmanagement.com.br/wp-content/uploads/2018/11/Morris-Menasche-thumbnail.jpg[/author_image] [author_info]Morris Menasche

Vice Presidente de Vendas da ClickSoftware para América Latina[/author_info] [/author]

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