O Brasil possui 20 milhões de empresas. Dentre essas, 13,5 milhões correspondem a pequenos e médios negócios, representando algo em torno de 70% de todo o setor empresarial, segundo pesquisa GEM/Sebrae, empregando mais de 50 milhões de pessoas em todo o país. Isso significa que mais da metade dos empregados formais no país pertencem a este segmento, que também é responsável por 27% do PIB, segundo dados do SEBRAE. Ou seja, são extremamente importantes para a economia do país.
É claro que as grandes empresas também são, seja por faturarem milhões e empregarem milhares de pessoas ou promoverem inovação e expansão. Ainda assim, muitas acabam contratando serviços e fazendo parcerias com as pequenas e médias locais, o que é vantajoso para ambas já que as contratantes passam a ter um serviço amplo e especializado e as contratadas expandem o portfólio com grandes nomes.
É importante ter em mente que, para que esse ecossistema funcione, é necessário que as grandes empresas não apenas forneçam produtos e soluções adequados, atraentes e consistentes com os negócios e o público, mas também que estejam dispostas e aptas a fornecer o suporte necessário desde o primeiro dia. A razão disso é que as dificuldades que grandes empresas têm são maiores quando se trata de pequenas e médias e é por isso que elas precisam apostar em soluções tecnológicas como suas aliadas e incorporá-las para que essas dificuldades se transformem em soluções e oportunidades.
Começando com sua estrutura, eles precisam investir em boas máquinas e em bons hardware e software, uma vez que a falta desses recursos reduz a eficiência. Não apenas para otimizar as atividades de negócios, mas também para garantir sua segurança, uma vez que a violação de dados é uma das principais preocupações de qualquer organização. Um estudo afirma que 60% das empresas encerram suas atividades dentro de seis meses após serem vítimas de uma violação de dados ou ataque cibernético, de acordo com o CimTrak. Os que restam não têm uma experiência muito melhor, já que é caro passar por isso, podendo também manchar a reputação de uma organização.
Continuando no caminho do avanço tecnológico, as empresas também precisam acompanhar os novos formatos da operação, uma vez que a transformação digital é importante para atender ao mercado atual e ao consumidor, que está sempre em busca de experiências melhores e mais modernas. Segundo a pesquisa "Impacto nos negócios: o elo perdido da transformação digital 2.0", 81% das empresas entrevistadas já haviam iniciado sua jornada rumo à transformação digital. Destas, no entanto, apenas 46% estavam totalmente preparadas para acompanhar o mercado, a concorrência e o surgimento de novos participantes.
Com tudo isso em mente, é possível manter um negócio linear, o que é uma grande vantagem, além de maior flexibilidade, resultando no benefício do faturamento recorrente, além de impactos secundários na contratação de novos funcionários, contribuindo para a saúde da economia. Pequenas e médias empresas são um segmento importante para manter o radar global e local.
Diante desse cenário, existem muitas oportunidades para esse mercado, mesmo após as crises dos últimos anos, quando o número de microempresários cresceu no país exponencialmente acompanhado por um grande volume de pequenas e médias empresas que continuam crescendo no Brasil. No final, o tamanho é o que menos importa no mercado, a grande questão é a disposição das empresas, a abertura e a capacidade que elas têm de inovar no produto, na experiência que oferecem ao consumidor e com o que e como elas contribuem ao mercado.
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Gerente Geral para as operações no Brasil na AMD[/author_info] [/author]