A Transformação Digital Multifatorial e sua importância para o futuro das empresas

A Transformação Digital Multifatorial e sua importância para o futuro das empresas

Muito se fala hoje sobre transformação digital, seus benefícios e desafios. Mas na prática, como acontece? No sentido literal, transformação nos remete a pensar em algo novo, em mudança. E essa mudança sempre esteve presente em duas dimensões da sociedade, intrinsecamente: urbanização e sistemas produtivos.

De início, essa mudança se fez presente na primeira Revolução Industrial, na qual a produção quase artesanal teve um grande impacto com a chegada dos motores a vapor. Na sequência, durante a segunda Revolução Industrial, a mudança foi marcada pela criação de processos de produção em massa. Já na terceira Revolução, tivemos uma grande transformação marcada pelo avanço das tecnologias da informação, com a produção e consumo de equipamentos eletrônicos e agora, na quarta Revolução Industrial, por meio dos sistemas físico-cibernéticos, marcados pela combinação massiva de produtos eletrônicos, softwares e redes de comunicação com alta capacidade de transmissão. Essa contextualização é importante, pois, traz consigo uma característica comum entre as revoluções: a mudança de comportamento da sociedade diante de uma nova forma de viver e de trabalhar.

Tecnicamente isso só é possível em função do tripé Inteligência Artificial, Big Data e IoT. Esses três componentes juntos e interagindo entre si, possibilitam, por exemplo, o aprendizado entre máquinas, o processamento e correlação de grandes massas de dados e a comunicação/transmissão de toda a informação gerada através da internet.

Uma vez que temos todas as condições técnicas que possibilitam a transformação digital, é possível visualizar a mudança gerada em diferentes mercados, como agricultura, transporte, indústria, educação, saúde e tudo mais que usualmente adotou o termo 4.0. No contexto geral, estamos falando de cidades (e campos) inteligentes, nos quais modelos de negócios convencionais, focados na comoditização, vão se reinventando sob a ótica do mercado digital. A transformação digital induz as pessoas e empresas a uma mudança de mindset na hora de interagirem entre si, tendo como premissa a digitalização e personalização de produtos e serviços. Isso pode ser verificado através de exemplos clássicos de disruptura no padrão de consumo gerados pelo Uber, Airbnb, iFood, NetFlixdentre outros.

Nesse sentido, terão mais sucesso as empresas que utilizarem a transformação digital como agente de mudança cultural, para que os colaboradores da organização tenham a capacidade e a ambição de se envolver totalmente na jornada digital, para que criem novos serviços focados no usuário, em como ele pensa, consome e interage com as pessoas e plataformas.

Uma pesquisa realizada em 2018 pelo IDC com mais de 100 grandes companhias, apontou que diversas empresas que atuam no Brasil ainda não despertaram para a importância da digitalização dos negócios. Entrevistando gestores de tecnologia, a consultoria notou que praticamente um quarto das companhias (24,7%) não acha que a transformação digital seja relevante, enquanto apenas 4% estão plenamente cientes da importância do assunto e o tratam como grande prioridade. Ainda, segundo o IDC, entre as tecnologias consideradas mais inovadoras para o futuro, a “Internet das Coisas” é a que mais se encontra no horizonte das empresas - 25% esperam adotá-la em até um ano.

O que as companhias precisam perceber é que a forma de consumo mudou, a exigência do cliente aumentou e sua tolerância com burocracias para resolução de problemas diminuiu. Por isso, é importante deixar de pensar analogicamente para agirmos digitalmente como empresa, investindo em pesquisas de interesse comportamental e readaptando processos produtivos e metodologias de gestão.

É preciso ter em mente que a transformação digital é a materialização do futuro que comentávamos ainda ontem. E, assim, como nas outras revoluções, aqueles que não estiverem preparados para readaptar-se à mudança terão dificuldades em fazer parte deste novo modelo de urbanização.

 

[author] [author_image timthumb='on']https://docmanagement.com.br/wp-content/uploads/2019/06/thumbnail-Rodrigo-Ferreira.jpg[/author_image] [author_info]Rodrigo Ferreira

Analista de Negócios da ART IT, especializada em soluções e serviços de TI[/author_info] [/author]

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